Pindobaçu
Antigamente Pindobaçu fazia parte do município de Campo Formoso. Era um lugar de pouso para tropeiros que trilhavam o caminho que ligava Vila Nova da Rainha, hoje Senhor do Bonfim, e a vila velha de Jacobina. A abundância de água potável no povoado atraia os viajantes, e acabavam arranchando-se ali nos arredores do Riacho da Água Fria. O riacho separava as rancharias do antigo território onde ficava a Fazenda Lage, que mais tarde virou 2 arraiais, um em cada margem do riacho. Um arraial herdou o próprio nome da fazenda, e virou Arraial da Lage; o outro não teve lá a mesma sorte, e virou Arraial do Lamarão, que embora não seja lá um nome muito bonito, ele tem lá sua urgência, ao menos é o que dizem os mais antigos... dizem os antigos moradores da região que essas coisas de nomes de lugares não são coisas que os homens escolhem, e sim a própria terra é quem demanda ser chamada pelo nome que escolheu, e vai a terra, ou o espírito da terra, se manifestar de uma maneira que os homens entendam e lhe atribuam o nome desejado. E Lamarão não foi diferente, fez-se chamar assim por causa dos terrenos úmidos da margem que lhe foi atribuída, que é de deixar as ruas encharcadas de lama à mais leve chuvinha! São coisas que o povo conta, essas de nomear os lugares. E mesmo a mudança de nome, anos mais tarde, contam que se deu por demanda da terra.
Dizem que com a chegada da feira semanal o Arraial do Lamarão subiu de importância, e passou a ser o centro comercial das redondezas... e cresceu, cresceu, e cresceu Lamarão, ao ponto de ganhar uma estação ferroviária! Depois de ficar pronto o novo prédio da estação, quando iam levantar a placa com o nome Estação de Lamarão em seu frontispício, acharam que o nome não era digno de batizar prédio tão novo e tão bonito... foi aí que decidiram mudar o nome do povoado, e nada mais prudente do que consultar a própria terra nestas questões de nome, e a terra deixou claro na cabeça de um dos engenheiros da companhia ferroviária, que explicou aos moradores que tivera uma visão, e o lugar deveria se chamar Pindobassú; que a terra assim o exigira, e justificou o nome dizendo que pindoba quer dizer palmeira em Tupi, e assu quer dizer grande - assim Pindobassú significa Palmeira Grande, e a abundância de palmeiras de babaçu no povoado só fez o povo crer ainda mais de que era assim que tinha que ser - e assim foi! Anos mais tarde a ortografia moderna substituiu os dois SS pelo Ç, que é como é grafado hoje em dia.
Senhor do Bonfim
A história da formação de Senhor do Bonfim está diretamente relacionada com a corrida do ouro e das pedras preciosas, com as rotas que iam ao rio São Francisco e às minas de ouro de Jacobina. Foi bem perto dali, lá pelos anos de 1720, que nos arredores de uma lagoa formou-se um ponto de apoio a viajantes, tropeiros, vaqueiros, bandeirantes e outros desbravadores que por lá perambulavam, a Rancharia da Tapera. A palavra tapera vem do Tupi taba, que significa "aldeia", e uêra, que significa "abandonada", e é isso mesmo que a Rancharia da Tapera era, um ponto de apoio meio que abandonado no meio da mata, para servia tanto gente como animal. Anos mais tarde, com a expansão de pastagens e o o crescimento da atividade pecuária, aconteceu que a Rancharia da Tapera virou lugarejo, que por sua vez também cresceu, e em 1750 foi alçado à categoria de “Arraial” - arraial de Senhor do Bonfim da Tapera. Em 1799 passou a ser Vila Nova da Rainha, e em 1885, a vila foi elevada à categoria de cidade, passando a chamar-se Senhor do Bonfim. Hoje Senhor do Bonfim possui uma forte tradição de festas juninas, e é considerada a capital baiana do forró. É também uma das quatro cidades baianas a sediar o Educandário Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, juntamente com Vitoria da Conquista, Salvador e Cachoeira, fundado em 1937.
Também em 1937 caiu o dirigível Hindenburg, e Getúlio Vargas desferiu um golpe de estado que estabeleceria o Estado Novo, Jorge Amado publica Capitães da Areia, Tolkien publica O Hobbit, Sílvio Caldas grava Chão de estrelas em parceria com Orestes Barbosa, e Pablo Picasso pinta Guernica. Em 1937 morreu Noel Rosa, nasceu Saddam Hussein, Baden Powell. Também em 1937, a 6 de Dezembro, nasceu José Miranda Filho, o Zé, só que não em Senhor do Bonfim, mas em Pindobaçú, município que faz fronteira com Campo Formoso, Antônio Gonçalves, Mirangaba, Filadélfia, Saúde e Ponto Novo. Filho de dona Guiomar Souza Maia e seu José Miranda Maia, o seu Zuza, calhou de estar em Senhor do Bonfim em 1951 para fazer o exame de admissão no Colégio Marista do Sagrado Coração de Jesus. Lá conheceu Geraldo José de Araújo Cavalcante, o Gê, natural de Carrapichel, cujas aventuras iriam dividir por boa parte de suas vidas.
Foi lá também que conheceram o Zeferino. Era uma figura, o Zeferino...
Antigamente Pindobaçu fazia parte do município de Campo Formoso. Era um lugar de pouso para tropeiros que trilhavam o caminho que ligava Vila Nova da Rainha, hoje Senhor do Bonfim, e a vila velha de Jacobina. A abundância de água potável no povoado atraia os viajantes, e acabavam arranchando-se ali nos arredores do Riacho da Água Fria. O riacho separava as rancharias do antigo território onde ficava a Fazenda Lage, que mais tarde virou 2 arraiais, um em cada margem do riacho. Um arraial herdou o próprio nome da fazenda, e virou Arraial da Lage; o outro não teve lá a mesma sorte, e virou Arraial do Lamarão, que embora não seja lá um nome muito bonito, ele tem lá sua urgência, ao menos é o que dizem os mais antigos... dizem os antigos moradores da região que essas coisas de nomes de lugares não são coisas que os homens escolhem, e sim a própria terra é quem demanda ser chamada pelo nome que escolheu, e vai a terra, ou o espírito da terra, se manifestar de uma maneira que os homens entendam e lhe atribuam o nome desejado. E Lamarão não foi diferente, fez-se chamar assim por causa dos terrenos úmidos da margem que lhe foi atribuída, que é de deixar as ruas encharcadas de lama à mais leve chuvinha! São coisas que o povo conta, essas de nomear os lugares. E mesmo a mudança de nome, anos mais tarde, contam que se deu por demanda da terra.
Dizem que com a chegada da feira semanal o Arraial do Lamarão subiu de importância, e passou a ser o centro comercial das redondezas... e cresceu, cresceu, e cresceu Lamarão, ao ponto de ganhar uma estação ferroviária! Depois de ficar pronto o novo prédio da estação, quando iam levantar a placa com o nome Estação de Lamarão em seu frontispício, acharam que o nome não era digno de batizar prédio tão novo e tão bonito... foi aí que decidiram mudar o nome do povoado, e nada mais prudente do que consultar a própria terra nestas questões de nome, e a terra deixou claro na cabeça de um dos engenheiros da companhia ferroviária, que explicou aos moradores que tivera uma visão, e o lugar deveria se chamar Pindobassú; que a terra assim o exigira, e justificou o nome dizendo que pindoba quer dizer palmeira em Tupi, e assu quer dizer grande - assim Pindobassú significa Palmeira Grande, e a abundância de palmeiras de babaçu no povoado só fez o povo crer ainda mais de que era assim que tinha que ser - e assim foi! Anos mais tarde a ortografia moderna substituiu os dois SS pelo Ç, que é como é grafado hoje em dia.Senhor do Bonfim
Também em 1937 caiu o dirigível Hindenburg, e Getúlio Vargas desferiu um golpe de estado que estabeleceria o Estado Novo, Jorge Amado publica Capitães da Areia, Tolkien publica O Hobbit, Sílvio Caldas grava Chão de estrelas em parceria com Orestes Barbosa, e Pablo Picasso pinta Guernica. Em 1937 morreu Noel Rosa, nasceu Saddam Hussein, Baden Powell. Também em 1937, a 6 de Dezembro, nasceu José Miranda Filho, o Zé, só que não em Senhor do Bonfim, mas em Pindobaçú, município que faz fronteira com Campo Formoso, Antônio Gonçalves, Mirangaba, Filadélfia, Saúde e Ponto Novo. Filho de dona Guiomar Souza Maia e seu José Miranda Maia, o seu Zuza, calhou de estar em Senhor do Bonfim em 1951 para fazer o exame de admissão no Colégio Marista do Sagrado Coração de Jesus. Lá conheceu Geraldo José de Araújo Cavalcante, o Gê, natural de Carrapichel, cujas aventuras iriam dividir por boa parte de suas vidas.
Foi lá também que conheceram o Zeferino. Era uma figura, o Zeferino...